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Podemos dizer que, por incrível que pareça, é uma discussão secular.
Os filósofos Kant, Schopenhauer e Nietzsche em mulheres e o amor, dão boas pistas do interesse a esse ser tão próprio e diverso dentro de uma questão que foge à razão, o sexo oposto, suas inquietudes e seduções.
Amor ou ódio? Proteção ou subjugação? Desejo ou repulsa? Companheirismo ou rivalidade?
Kant traz à luz o conceito do belo e sublime, sobre a mulher e o amor. Nietzsche vai pelo caminho do poder e a guerra entre os sexos. Schopenhauer fala do impulso sexual mais clarificado onde o racional se destaca e explica, ambos demonstram o lado mais racional, prático e até demonstram um “certo machismo” ao pedir para mulheres sábias da época colocarem barbas para falar em público e expressarem as suas ideias.
Quem é afinal, o sexo frágil?
Fragilidade segundo o Aurélio pode ser sinal de fraqueza, mas também de docilidade, pode ser o sinal de uma vida mais vulnerável para uns do que para outros.
Homens ou mulheres se enfrentam numa batalha para medir seus esforços, porém na verdade a fragilidade emocional é uma consoante de uma dificuldade em entender, entrar em contato e administrar o que parece e pode ser desconhecido.
Se achar melhor ou pior que o outro não tem nada de novo. O respeito ou desrespeito às diferenças vem de longa data, quem sabe até antes de Caim e Abel pela disputa do amor e do poder.
Quem é mais amado, reconhecido e respeitado?
Quem manda em quem?
Histórias que contaram e que contamos. Um dilema humano: só queremos ser amados. E aqui, caro leitor, não tem questão de gênero, basta ter um coração para pulsar.
A maior dor humana é o desamor. E todas as vezes que esse amor é negado, entramos no cantinho escuro e sombrio: o da dor da rejeição.
Grande parte dos nossos problemas estão relacionados ao amor. Todo ser humano quer pertencer a alguém, quer ser lembrado e reconhecido. E ao contrário disso, todas as vezes que esse desejo é negado uma rachadura na alma é instalada. Nem sempre esse desejo é possível, a relação entre duas pessoas é dinâmica e sistêmica, uma precisa da outra para estabelecer uma comunicação, senão houver sororidade e ressonância vira ruído, causa dor e um desejo incansável de ser perfeito para ser reconhecido e despertar a aprovação e o amor.
Amar e saber se desenvolver em relações saudáveis é fundamental, porém, nem sempre é possível. Muitas vezes vamos nos deparar com muitas frustrações, pois nem sempre vão gostar do nosso jeito ou vão nos entender e nos amar como queremos ou merecemos.
O maior problema é que quando crescemos e esse desejo vem conosco na forma imatura (agarrada na nossa criança interior), nos espelhamos uns nos outros dentro dos mesmos moldes das nossas relações infanto-juvenis, sem ao menos olharmos para dentro, saímos implacáveis desejando e reproduzindo nas outras pessoas e nas novas relações os desejos infantilizados de sermos nutridos e aceitos.
A maior dor é não descobrirmos que o amor-próprio é a cura para as nossas dores, com ela vem a autoconfiança, a segurança e a paz interior.
Somos ensinados a respeitar e reproduzir uma série de condutas sociais aceitáveis menos a olhar para dentro e nos conhecermos. Raramente somos encorajados ao autoconhecimento e a bem pouco tempo quem fazia sessões de terapia era tido como uma pessoa problemática.
Acontece que quanto mais nos conhecemos mais nos tornamos autênticos, mais somos capacitados para reconhecermos nossos desejos e sonhos, nossas fraquezas e forças e mais ainda temos a coragem de alimentarmos o nosso amor-próprio, diminuindo expectativas e frustrações.
Não quero dizer com isso que não precisamos uns dos outros, ou que não dependemos de ninguém, mas quero dizer que podemos diminuir o nosso sofrimento quando nos tornamos auto responsáveis.
Não existe sexo frágil, nem vencedor nem perdedor. Existem pessoas mal-amadas, desesperadas por amor, reconhecimento e validação.
Existem pessoas humilhadas, rejeitadas, traídas, abandonadas, comparadas com outras, mesmo sendo únicas, um crime à parte, tendo que se encaixar numa fôrma sócio impositiva.
Existem pessoas que não se conhecem e por não se conhecerem assumem papéis que não são delas, buscando aprovação e a falta de limite atravessa a sua fronteira humana de ser quem ela nasceu para ser.
Existem pessoas que não se aceitam, se rejeitam e se desrespeitam tentando ser felizes, sem ao invés experimentar dizer não para o outro e atravessar a própria masmorra.
Se você é uma dessas que ainda não entendeu que amar é uma ação e que primeiro é para encher o seu potinho de amor-próprio e depois transbordar no do outro está na hora de acordar e se olhar no espelho, perceber o quão forte você é, pois, sobreviveu até aqui, e aceitar o convite que te faço de se adentrar em si e buscar no seu interior a sua fonte de você de vida, por quem bate o seu coração?
Me conte, vou adorar saber.
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